quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Utilize as redes sociais como ambiente de venda



É inegável que as redes sociais são um caminho interessante e viável para a comunicação entre empresas e consumidores. Twitter, Orkut, Facebook, UNIK, Badoo, Hi5, Quepasa e muitas outras fazem parte do boom das redes sociais.

É até difícil para o usuário de internet gerenciar suas redes de relacionamentos, já que a todo o momento chegam “convites” para participar de uma rede nova. Como ter tempo para rotineiramente interagir com todas elas? Impossível para a maioria.

Ao mesmo tempo, imagine para as empresas. Como participar deste mundo relativamente novo sem se perder em estratégias, ou mesmo sem perder tempo e dinheiro? Como lançar ações que tragam resultados reais? Como convertê-las em ganho de imagem e principalmente e diretamente em vendas?

Seguem abaixo algumas dicas que podem ajudar muito.

Conceitos

Não dá para abraçar todas as redes. Identifique onde está em maior número o seu público-alvo e centralize os esforços e investimentos.

Lembre-se que não estamos lidando com uma “rede mundial de computadores”, mas com uma “rede mundial de pessoas”, interligadas através de computadores. São os humanos que agem, espalham informações e compram.

Consumidor

É movido por interesses. A pergunta chave que ele faz é: – O que vou ganhar com isso? Identifique e deixe claros os motivos (que devem ser realmente interessantes e viáveis) para que participem da ação, façam indicações, comprem etc.

A forma de se relacionar e consumir tem as suas peculiaridades inerentes ao meio em que eles estão interligados (real ou virtual). Entretanto, cultura, criação, regionalização, gostos, família, amigos, medos, carências, modismos, referências e sentimentos fazem parte e participam também de vida “virtual”.

Ou seja, a sua vida “real” está intimamente ligada à sua vida “virtual”, uma influenciando diretamente a outra. Devemos tratar nossas ações pensando na interligação e influências das ações nos dois mundos e não de forma independente.

Busque o paralelo entre as duas “vidas”. Muitos “tímidos” são extremamente ousados por trás dos computadores. Procure saber quais os seus hábitos e personalidades nos dois mundos.

Lembre-se que o consumidor sempre quer ser acolhido, entendido, valorizado e destacado, não importa o “ambiente” onde estiver.

Comunicação

Verifique quais assuntos e comunidades que tenham relação com seu produto ou serviço são mais importantes dentro de cada rede social. Foque a comunicação.

Utilize-se dos principais “personagens” de cada rede. Eles podem ser seus garotos e garotas propaganda no mundo virtual (multiplicadores e incentivadores de compras).

Não vamos esquecer as lojas físicas (apesar da dificuldade com relação à equipe, são ótimas possibilidades de contato com o público) e a mídia tradicional para divulgar e incentivar aos clientes a tornarem-se “amigos” nas redes.

Crie formas de incentivar a multiplicação e que sejam atreladas a sites ou hotsites que possam “construir” cadastros. Existem sistemas nos quais o usuário consegue “importar” seus contatos das principais redes.

Tome cuidado para não saturar o consumidor com mensagens e ações. Envie somente para os que se tornaram “contatos” da empresa e não utilize spam (por e-mail ou via redes). Isso vai prejudicar a credibilidade da sua empresa. Estamos criando fidelidade de relacionamento e, por conseqüência, vendas.

Vendas

Considere usar sorteios e ações específicas para cada tipo de rede. Prepare cupons e tickets para incentivar as vendas no e-commerce ou lojas físicas (impressos, Bluetooth, SMS etc). Mas só se o prêmio for bom.

Utilize-se de promoções “relâmpago”. O medo da perda continua sendo um grande aliado.

Dê prêmios e benefícios ao internauta que ajudou a vender.

A estratégia do “amigo premiado” aqui também funciona. Quem inserir um banner, mandar mensagens ou outras ações em prol da empresa pode ser selecionado para ganhar prêmios a qualquer momento.

Com estas dicas, as empresas com certeza podem potencializar e muito os resultados com as redes sociais. Sejamos estratégicos, criativos e ousados, sempre com responsabilidade.

Fonte: Webinsider

Brasil supera a marca de 187 milhões de celulares

Segundo a Anatel, mais de 1,8 milhões de novos telefones móveis foram colocados em uso no mês de julho


O Brasil já rompeu a marca dos 187 milhões de telefones celulares em uso. De acordo com o mais recente ranking divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no mês de julho, um total de 1.886.197 de novos aparelhos de telefonia móvel foram habilitados.

O crescimento do mês é 1,02% superior ao registrado em junho. Considerando essas novas habilitações, atualmente, o Brasil possui um total de 96,83 aparelhos para cada grupo de 100 habitantes (de acordo com o critério de Teledensidade, criado pela Anatel).

Entre os meses de janeiro e julho de 2010, um total de 13.061.803 de novos telefones celulares foram habilitados no Brasil. O crescimento do período fica atrás somente dos primeiros sete meses de 2008 – época em que mais de 14,5 milhões de celulares foram habilitados no mercado.

O percentual de telefones que funcional pelo sistema pré-pago continua bastante superior ao da telefonia pós-pago. Enquanto que 82,22% dos celulares existentes no País funcionam pelo primeiro modelo, apenas os 17,18% restantes possuem um sistema pós-pago.

Operadoras

A liderança do setor de telefonia móvel no País continua com a Vivo. No final do mês de julho, a operadora detinha uma fatia de 30,25% do mercado nacional, sendo responsável pela operação de 56.574.744 de aparelhos. A vice-liderança continua com a Claro, que detinha, em julho, 25,42% de participação (o que corresponde a 47.540.659 de celulares em uso).

A Tim ficou em terceiro lugar, aproximando-se da segunda colocada, com uma fatia de 24,05% do mercado (44.976.339 celulares) e a Oi ficou com a quarta posição, com uma fatia de 19,93% do mercado.

Ford lança Fiesta no Facebook

A Ford Brasil faz campanha de lançamento do New Fiesta focada em mídias sociais. O principal pilar da campanha será o Facebook, o maior site de relacionamento do mundo. O objetivo é falar diretamente com os consumidores que buscam sempre a última palavra em tecnologia e design.

“É um carro totalmente novo, projetado para ser referência em design, segurança, dirigibilidade e qualidade. Por isso, temos certeza o New Fiesta que fará no Brasil o mesmo sucesso alcançado em outras partes do mundo”, completa Baltar.

Com perfil aberto New Fiesta Stories, a montadora apresenta ao consumidor todos os detalhes de seu carro global. A fase de pré-lançamento inclui dez filmes exclusivos para a internet e dois para a TV. Os filmes serão gravados com pessoas comuns, que serão abordadas nas ruas por uma equipe de filmagem e serão convidadas a experimentar uma nova história com o New Fiesta.

A página trará ainda novidades sobre a campanha e “posts” informativos sobre o produto que destacarão os atributos da marca Ford, como tecnologia, segurança, criatividade e sustentabilidade.

Segundo Fábio Brandão, diretor de criação da JWT, “a aposta nas mídias sociais foi natural, pois a intenção é construir um diálogo direto com o consumidor antenado e interessado em adquirir tudo em primeira mão.” Assim, a campanha da JWT converge todas as ações para o perfil do carro no Facebook e lá interage com sua rede social para ganhar maior visibilidade.

A campanha de lançamento prevê também exposição do carro nas ruas, em locais estratégicos para mostrar a reação do público, projeções no carro e um show exclusivo da banda Chromeo no Brasil.

Fonte: adnews

Orkut muda para facilitar comunicação entre usuários

Rede adota funcionalidade para que pessoas possam interagir com diferentes grupos de amigos. E anuncia nova página para aplicativos e lançamento, em breve, de plataforma para comunidades








O blog do Orkut informou nesta terça-feira, 24, que a rede está com novidades. A principal delas é a funcionalidade que permite organizar os grupos de usuários. Já é possível definir como compartilhar informações e mensagens com um determinado perfil de amigos. Ou seja, o que antes era distribuído para todo mundo agora pode ser encaminhado para pessoas específicas, evitando misturar, por exemplo, recados para a família com posts destinados à turma do trabalho.

A nova funcionalidade está atrelada a uma mudança na privacidade, que viabiliza exatamente o envio de mensagens e conteúdo segundo o grupo de amigos. O controle disso está na mão do usuário. Em comunicado à imprensa, a companhia aponta que "segue forte em seu caminho de inovação, iniciado ano passado e agora com uma mudança completa de DNA que torna possível às pessoas conversarem de forma simples com seus diferentes grupos sociais". De acordo com Victor Ribeiro, diretor de produtos do Google da América Latina, tal inovação, "além de facilitar ainda mais a comunicação entre as pessoas, também deve fazer o usuário compartilhar cada vez mais, já que ele sabe exatamente quem terá acesso a seus updates".

Outras novidades, anunciadas via blog, são envio por um único lugar de recados, fotos e vídeos (a ferramenta para isso está no topo da página do usuário) e uma página para jogos e aplicativos (o espaço surge logo abaixo das comunidades), além de um sistema que permite parar de receber atualizações de alguns dos games ou mesmo de amigos.

Na linha do que vem em breve, o Orkut informa no blog que está melhorando o serviço de aniversário (também dá para enviar parabéns sem ter de sair da página), de sugestão de amigos e de visitantes recentes. A parte de comunidades também deverá ser revigorada. Está em teste uma nova plataforma.

Fonte: Proxxima

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

P&G faz maior investimento no Brasil em 10 anos e lança três novas marcas

Olay, Head & Shoulders e Naturella são as apostas da empresa para continuar crescendo


A Procter & Gamble não fala em números, mas está fazendo o maior investimento da última década no Brasil ao lançar três marcas no país, depois de 11 anos da introdução da última linha de produtos e cinco verões após a compra de Gillette. A gigante mundial traz para o país, ao mesmo tempo, a marca Olay, de produtos para cuidados com a pele, Naturella, um absorvente, e Head & Shoulders, linha de shampoo e condicionador anti caspa.

Desde que lançou Ariel por aqui, a Procter & Gamble investiu apenas em extensões de linha e de marca, como a introdução do creme dental Oral B e o recente lançamento do desodorante Gillette. Mas por que levou tanto tempo para a P&G ingressar em novos segmentos? “Há critérios para se lançar novas marcas, o momento econômico do Brasil é propício e há muitas oportunidades de mercado no país”, responde Tarek Farahat, Presidente da Procter & Gamble no Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Com presença em 180 países, o Brasil está entre os 15 maiores mercados da Procter & Gamble no mundo e é uma das prioridades de investimento. Apenas em produção, foram gastos R$ 100 milhões no último ano. Aqui, ao contrário de outros países, as mulheres lavam o cabelo todo dia. Mas ainda há muito que crescer. Enquanto nos Estados Unidos o gasto médio por pessoa com beleza é de R$ 200,00, aqui, este número não passa de R$ 12,00 por ano.






Foco na Classe C

Das cerca de 300 marcas que a Procter & Gamble tem no mundo, apenas 26 estão no Brasil. A meta, por enquanto, é fazer com que todos os brasileiros comprem um de seus produtos, seja Duracell, Gillette, Pampers, Pantene, Always ou Pringles. Hoje, a companhia calcula que vende para 125 milhões e quer chegar a 200 milhões em 2015. O foco vai desde bebês até idosos, de todas as classes, mas boa parte destes consumidores está na baixa renda. “Um dos objetivos do nosso negócio é a classe C, pois é um país inteiro comprando”, aponta Farahat.

Por isso, o lançamento de Olay. “O foco de Olay é na classe C”, afirma o Presidente da Procter & Gamble no Brasil, ressaltando que as cinco linhas destinadas aos cuidados diários da pele vão competir com Avon e Natura. A diferença é a venda no varejo. Este canal, inclusive, tem atenção especial neste momento da companhia. Durante uma semana, a P&G montou um grande evento destacando cada uma de suas marcas e mostrando como destacá-las melhor no ponto-de-venda para vender mais.

Mais de mil varejistas, desde grandes nomes como Walmart, até pequenas redes de farmácias, puderam conhecer melhor cada produto e ver como uma simples organização diferenciada de gôndola de Gillette pode aumentar as vendas em 7%. Para lançar os produtos Olay, uma tela touch screen com um programa que traça o perfil da consumidora e indica as linhas mais adequadas será instalada em farmácias. “Uma das peças principais do nosso investimento está no ponto-de-venda”, aponta Juliana Azevedo Schahin, Diretora de Marketing da P&G.




Conhecimento do consumidor

Segundo a empresa, Olay é a marca líder de cremes faciais nos Estados Unidos e na Europa e utilizada por mais de 77 milhões de mulheres em todo o mundo. “Teremos o apelo para a classe C por estar no varejo, mas há o creme antiidade que custará R$ 70,00 e alcançará a classe B também”, aponta Juliana, ressaltando que a empresa não trabalha com foco nesta segmentação, uma vez que seus produtos, mesmo os mais premiuns, são consumidos por todas as classes. “A fralda noturna de Pampers, a mais cara da linha, é mais vendida na baixa renda, porque o bebê dorme com os pais na mesma cama e não pode molhar o colchão”, explica em entrevista ao Mundo do Marketing.

Ao conhecer o consumidor neste nível, fica mais fácil lançar marcas como o absorvente Naturella. Enquanto Always oferece máxima proteção e absorção, o novo produto age também na prevenção de irritação associada à menstruação. É o famoso dois em um que a baixa renda tanto gosta. É o mesmo conceito de Head & Shoulders, que promete eliminar a caspa visível na primeira lavagem e garante cabelos hidratados da raíz às pontas.

Os produtos da linha P&G Beauty, com mais de 100 marcas em quase 130 países, foram responsáveis por vendas de US$ 28 bilhões no ano fiscal 2007/08, de acordo com pesquisas. Com 19 centros de desenvolvimento e pesquisa ao redor do mundo e mais de nove mil cientistas investindo em novas tecnologias, os produtos Olay utilizam ingredientes que prometem mudar o aspecto da pele das consumidoras. Tudo isso para manter o crescimento de dois dígitos que a Procter & Gamble vem obtendo no Brasil nos últimos anos.

Fonte: Mundo do Marketing

Unilever mostra o que é branding corporativo

Companhia criou vínculo emocional entre marca mãe e consumidores





Aproximar uma marca corporativa do coração dos consumidores não é um trabalho fácil. Mas foi o que a Unilever conseguiu fazer no Brasil, depois de iniciar um projeto de branding em 2006 que já é case de sucesso, como mostra o índice de conhecimento da marca Unilever, que era de 7% em 2000 e passou para 73% no ano passado, segundo pesquisas da própria companhia.

A credibilidade da empresa também contribuiu para reforçar e promover ainda mais as marcas que fazem parte de seu portfólio, como Omo, Comfort, Dove, Seda, Hellmann’s e Kibon, entre muitas outras tão conhecidas dos consumidores. Os investimentos na imagem da marca mãe levaram a um aumento de 15% na intenção de compra do consumidor da cesta de produtos Unilever quando via as marcas juntas e triplicou a percepção da relação da companhia com os seus produtos.

“Nos últimos anos, o trabalho de branding corporativo deixou de ter um papel apenas institucional e passou a atrelar cada vez mais a reputação da empresa com a gestão de negócios do dia a dia. Definitivamente, o consumidor pode se sentir mais atraído e impactado na medida em que a companhia apresenta uma imagem relevante e que agregue, a partir de marcas e produtos, algum diferencial”, conta Luiz Carlos Dutra Jr., Vice-Presidente de Marketing Corporativo da Unilever, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Marketing deve ser fiel aos valores corporativos

No caso da Unilever, esse diferencial é visto principalmente nos valores que a empresa carrega desde sua fundação, resultado de uma fusão em 1929 entre a inglesa Lever Brothers e a holandesa Margarine Unie. Com seus produtos de higiene pessoal e limpeza e alimentos e sorvetes, a companhia busca levar vitalidade para o cotidiano das pessoas, baseada em conceitos como sustentabilidade, governança, transparência e responsabilidade social.

Um dos pilares do trabalho de branding desenvolvido para a marca mãe foi justamente divulgar esses valores. Em 2005, a Unilever adotou mundialmente o seu atual logo, composto por ícones que representam amissão da companhia. A partir de 2006, o Brasil foi o primeiro país a colocar a marca em todos os comerciais de televisão dos produtos da empresa.

“Olhando a história da Unilever em sua fundação, percebemos que o princípio da companhia sempre foi baseado nestes conceitos. O Marketing Corporativo tem de ser legítimo e crível, fiel aos valores da empresa”, aponta o Vice-Presidente de Marketing Corporativo da Unilever.

Brasil foi pioneiro em projeto de branding
É a partir desses valores que a marca corporativa revela qual a importância de sua existência. “O branding no plano corporativo está ligado à construção da razão para que a empresa exista. ‘O que o mundo perderia se a companhia deixasse de existir?’. Se a resposta para esta pergunta não for inspiradora e relevante, há um trabalho a ser feito ainda. O caso da Unilever é fantástico para orientar sobre como pôr em prática o conceito de branding corporativo”, explica Fernando Jucá, Diretor Associado do Grupo Troiano de Branding, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O projeto realizado no Brasil – e pioneiro no mundo – foi iniciado em 2004. A operação brasileira teve sua história marcada por particularidades, sendo chamada de Gessy Lever até o início de 2000. Somente em 2001, a companhia adotou a nomenclatura “Unilever”. Embora as marcas fossem muito populares por aqui, os consumidores não conheciam a empresa que estava por trás dos produtos.

Uma pesquisa realizada em 2004, quando a Unilever completava 75 anos, apontou que a marca era totalmente desconhecida e que os consumidores ainda lembravam-se da Gessy Lever, associando apenas a produtos de higiene e beleza. “Quando mostrávamos nas pesquisas marcas como Omo, Rexona e Dove, mas também alimentos como Hellmann’s, Knorr e Kibon, o impacto era positivo e aumentava o vínculo emocional do consumidor”, conta Dutra (foto).

Pesquisas deram pontapé inicial
Os resultados da pesquisa foram fundamentais para dar início à estratégia que elevou a Unilever a um patamar até então desconhecido por marcas corporativas no Brasil. Entre 2004 e 2006 foram feitas campanhas de mídia impressa que focavam os chamados formadores de opinião mostrando a marca Unilever e seus principais produtos.

A iniciativa nesta primeira fase teve como objetivo mostrar que todas essas marcas estavam vinculadas a uma única companhia. A popularidade das marcas levaria a Unilever a ficar, também, mais conhecida, podendo, posteriormente, devolver para os produtos o peso e a importância da companhia.

Em 2006, uma nova pesquisa qualitativa e em profundidade, com 200 consumidores e 200 formadores de opinião, apontou que a marca Unilever tinha aumentado consideravelmente o seu conhecimento e também ampliado os seus atributos corporativos. Qualidade já não era mais diferencial e sim obrigação.

“Tivemos um indicativo de que o consumidor queria entender quem estava por trás das marcas e os atributos corporativos ligados ao negócio. Começamos, então, a comunicar os projetos sociais, a partir de ações como a plataforma de Omo ‘Se sujar faz bem’ e a ‘Real Beleza de Dove’”, diz Dutra.

Promoção aumentou conhecimento da marca
Nesta mesma época foi ao ar o primeiro comercial institucional, com a família Bernardinho, veiculado durante um ano em canais de TV por assinatura. O sucesso foi determinante para colocar a marca no coração da estratégia e toda comunicação corporativa da Unilever passou a estar associada as suas marcas, sendo cada vez mais relevante para o negócio.

No ano passado, quando completou 80 anos, a empresa fez sua primeira grande ação com foco nos consumidores. A promoção “Unilever 80 anos. 80 dias de prêmios para você” distribuiu prêmios diários de R$ 10 mil, além de R$ 100 mil por semana e uma premiação final de R$ 2 milhões, contabilizando 22 milhões de participações e levando ao resultado mais importante para a marca, que saiu de um conhecimento de 7% para 73% em menos de 10 anos.

A estratégia também contribuiu para o aumento da importância da companhia entre seus colaboradores. Como os funcionários não podem participar de promoções da empresa, a Unilever criou uma ação interna, que sorteava uma viagem a cada semana. Em comemoração aos 80 anos da companhia, os 12 mil funcionários também receberam uma carta assinada pelo próprio presidente da empresa, com a camisa do time de vôlei Unilever autografada pelo técnico Bernardinho.

Credibilidade da marca mãe beneficia portfólio
O investimento na imagem da marca aumentou o prestígio da Unilever no mercado corporativo. “Nosso programa de trainee tem 46 anos. Nos últimos quatro anos, a média de participação era de 30 mil inscritos. A partir do ano passado, este número passou para 48 mil. A estratégia de branding corporativo agrega junto aos clientes, consumidores, formadores de opinião e ainda aumenta a atratividade da companhia”, conta o executivo da empresa que, em 2007, foi eleita pela segunda vez consecutiva como uma das Empresas dos Sonhos dos Jovens pelas consultorias Companhia de Talentos e LAB SSJ, que entrevistaram mais de 16 mil estudantes universitários.

“A marca de produto é algo cuja gestão está inserida nas responsabilidades da gerência de Marketing, produto e relacionamento com fornecedor e consumidor final. A (marca) corporativa envolve outros segmentos com que a empresa como um todo se relaciona. O branding corporativo é muito mais complexo, porque está ligado a um número maior de stakeholders”, ressalta Jaime Troiano, Sócio-Diretor da Troiano Consultoria de Marca, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A Unilever não apenas conhece a importância deste trabalho, como também soube desempenhá-lo de forma competente. Hoje, as marcas de produtos se beneficiam da assinatura e da referência corporativa, mas também contribuem para a imagem da marca mãe. “Não existe a possibilidade de pensar em marca corporativa desconectada. Ela faz parte de um todo”, aponta o Sócio-Diretor da Troiano, que realiza o Curso Avançado de Especialização em Branding entre agosto e novembro, que tem a estratégia da Unilever como um dos cases apresentados.

Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br

O que diferencia as marcas é o emocional

O consumidor de hoje tem muito menos tempo. É mais difícil atingi-lo compropaganda. Muitas pessoas mal prestam atenção aos comerciais, e mais da metade delas fica “zapeando” entre canais na hora do intervalo na TV. Há inúmeras opções de marcas diferentes, e é raro haver notáveis diferenças de qualidade e preço entre elas. O que fazer então para sua marca conquistar definitivamente o consumidor?

“Use a emoção. Um anúncio não deve ser apenas persuasivo, ele tem que ser único”. As perguntas, e a resposta, são de Steven Jagger, vice-presidente da MSW Research, consultoria internacional de marketing e posicionamento de marca. O britânico veio ao Brasil a convite da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP), para o 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa, que ocorreu no começo desta semana (22 e 23).

Jagger especializou-se em usar a biometria para analisar os efeitos domarketing de uma empresa. Usando o eletroencefalograma (EEG), ele põe eletrodos na cabeça, na ponta dos dedos e no rosto de uma pessoa enquanto ela assiste a um comercial, e mede suas reações bioquímicas para tentar captar a emoção gerada. Jagger afirma que isso é importante porque nós não escolhemos um produto racionalmente.






















“O consumidor faz escolhas por motivos emocionais, e depois racionaliza-as”, diz ele. Jagger elenca três tipos diferentes de apelos emocionais trabalhados em propagandas: o afeto direto (por exemplo, mostrando um bebê bonitinho); o afeto vicário (“como o motorista daquele carrão deve estar se sentindo?”); e o afeto projetado (“eu poderia me sentir daquela maneira se usasse aquele produto”).


Além de analisar alguns comerciais em sua palestra, Jagger falou um pouco mais sobre a emoção causada no espectador. Depois da palestra, ele deu uma entrevista exclusiva à Pequenas Empresas & Grandes Negócios sobre estratégias de marketing e relacionamento com o consumidor. Confira na próxima página.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

Orkut e MSN consomem 40% do tempo de navegação na web no Brasil

Dado foi revelado pela comScore e se refere a junho; tempo dedicado ao Orkut no País supera todo o tempo de navegação de Portugal e África do Sul somados.

O tempo gasto pelos internautas brasileiros com a rede social Orkut e o MSN (mensageiro instantâneo da Microsoft) chegou a 40% do total de junho. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (19/8) pelo vice-presidente da comScore para a América Latina, Alexander Banks, durante a conferência de mídias digitais Digital Age 2.0 2010, em São Paulo.

No mês, os brasileiros dedicaram 8,1 bilhões de minutos de navegação à rede social da Google. “É mais que a audiência de Internet de Portugal e África do Sul somados”, compara Banks.

O vínculo do Orkut com os brasileiros emergem de várias formas. Oito de cada dez visualizações de páginas do Orkut têm origem no País. “Se não fosse o Brasil, é provável que o Orkut nem existisse”, afirmou o executivo.

Por Robinson dos Santos, do IDG Now!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma forma de medir o buzz

Avaliar seu impacto, assim como seu volume, ajudará as empresas a tirar maior vantagem desse burburinho, segundo estudo McKinsey


Os profissionais de Marketing podem gastar milhões de dólares em campanhas publicitárias sofisticadas, mas geralmente o que faz a cabeça doconsumidor é algo simples e também gratuito: o buzz de fontes confiáveis. O boca a boca é o fator primordial por trás de 20% a 50% de todas as decisões de compra e sua influência é ainda maior quando os consumidores estão comprando um produto pela primeira vez ou quando o produto é relativamente caro. Identificamos três origens de buzz que os profissionais de marketing devem compreender.

Espontâneo. Esse é o tipo mais comum e mais forte, respondendo em geral por 50% a 80% de todo o buzz em relação a determinada categoria de produto. Surge da experiência direta de um consumidor com um produto ou serviço, principalmente quando essa experiência se desvia do que era esperado. Os consumidores dificilmente reclamam de uma empresa, ou a elogiam, quando recebem o que esperavam.

Consequente. A atividade de marketing dispara o buzz, estimulando os consumidores expostos a campanhas de marketing tradicionais a passar à frente mensagens sobre o produto ou marca.

Intencional. Ocorre, por exemplo, quando o marketing usa testemunhais de celebridades para dar início a um burburinho positivo sobre o lançamento de um produto.

Os profissionais de marketing precisam medir o impacto e as ramificações financeiras dessas três formas de buzz. Um ponto de partida tem sido contar o número de recomendações e críticas a determinado produto. A simplicidade e a força dessa abordagem são atraentes, mas é difícil dar conta da variabilidade da força dos diferentes tipos de buzz. Para citar apenas um exemplo, quando a recomendação vem de um amigo confiável, há 50 vezes mais chance de disparar uma decisão de compra do que uma recomendação de um desconhecido.

A fim de medir os efeitos dos diferentes tipos de recomendação, desenvolvemos uma forma de calcular o “valor” do buzz, que representa o impacto médio em vendas de uma mensagem de marca multiplicado por uma estimativa do número de mensagens que circulam boca a boca. Ao se deter no impacto –assim como no volume– dessas mensagens, esse indicador permite que se avaliem os efeitos sobre as vendas e sobre o market share das marcas, de campanhas específicas e de empresas como um todo. O impacto reflete o que é dito, quem diz e onde é dito.

O que é dito: o conteúdo da mensagem deve tratar de características relevantes do produto ou serviço se quiser influenciar as decisões do consumidor. No setor de telefonia móvel, por exemplo, o design é mais importante do que a duração da bateria. Na área de cosméticos, a embalagem e a composição do produto geram mais buzz do que as mensagens emocionais sobre como o produto faz as pessoas se sentir.

Quem diz: deve-se ter em mente que o receptor da mensagem buzz precisa confiar no emissor, crer que ele realmente conhece o produto ou serviço em questão. Familiares e amigos são mais confiáveis do que estranhos.

Onde é dito: em geral, as mensagens que circulam em redes fechadas e confiáveis conseguem alcance menor, porém maior impacto, do que aquelas que circulam em comunidades dispersas. Os equivalentes online das recomendações da hora do jantar continuam importantes.

* Esta reportagem foi publicada pela Revista HSM Management (Julho/Agosto de 2010 br.hsmglobal.com) e agora no Mundo do Marketing por meio de parceria que os dois veículos mantêm.

Uma forma de medir o buzz

Avaliar seu impacto, assim como seu volume, ajudará as empresas a tirar maior vantagem desse burburinho, segundo estudo McKinsey


Os profissionais de Marketing podem gastar milhões de dólares em campanhas publicitárias sofisticadas, mas geralmente o que faz a cabeça doconsumidor é algo simples e também gratuito: o buzz de fontes confiáveis. O boca a boca é o fator primordial por trás de 20% a 50% de todas as decisões de compra e sua influência é ainda maior quando os consumidores estão comprando um produto pela primeira vez ou quando o produto é relativamente caro. Identificamos três origens de buzz que os profissionais de marketing devem compreender.

Espontâneo. Esse é o tipo mais comum e mais forte, respondendo em geral por 50% a 80% de todo o buzz em relação a determinada categoria de produto. Surge da experiência direta de um consumidor com um produto ou serviço, principalmente quando essa experiência se desvia do que era esperado. Os consumidores dificilmente reclamam de uma empresa, ou a elogiam, quando recebem o que esperavam.

Consequente. A atividade de marketing dispara o buzz, estimulando os consumidores expostos a campanhas de marketing tradicionais a passar à frente mensagens sobre o produto ou marca.

Intencional. Ocorre, por exemplo, quando o marketing usa testemunhais de celebridades para dar início a um burburinho positivo sobre o lançamento de um produto.

Os profissionais de marketing precisam medir o impacto e as ramificações financeiras dessas três formas de buzz. Um ponto de partida tem sido contar o número de recomendações e críticas a determinado produto. A simplicidade e a força dessa abordagem são atraentes, mas é difícil dar conta da variabilidade da força dos diferentes tipos de buzz. Para citar apenas um exemplo, quando a recomendação vem de um amigo confiável, há 50 vezes mais chance de disparar uma decisão de compra do que uma recomendação de um desconhecido.

A fim de medir os efeitos dos diferentes tipos de recomendação, desenvolvemos uma forma de calcular o “valor” do buzz, que representa o impacto médio em vendas de uma mensagem de marca multiplicado por uma estimativa do número de mensagens que circulam boca a boca. Ao se deter no impacto –assim como no volume– dessas mensagens, esse indicador permite que se avaliem os efeitos sobre as vendas e sobre o market share das marcas, de campanhas específicas e de empresas como um todo. O impacto reflete o que é dito, quem diz e onde é dito.

O que é dito: o conteúdo da mensagem deve tratar de características relevantes do produto ou serviço se quiser influenciar as decisões do consumidor. No setor de telefonia móvel, por exemplo, o design é mais importante do que a duração da bateria. Na área de cosméticos, a embalagem e a composição do produto geram mais buzz do que as mensagens emocionais sobre como o produto faz as pessoas se sentir.

Quem diz: deve-se ter em mente que o receptor da mensagem buzz precisa confiar no emissor, crer que ele realmente conhece o produto ou serviço em questão. Familiares e amigos são mais confiáveis do que estranhos.

Onde é dito: em geral, as mensagens que circulam em redes fechadas e confiáveis conseguem alcance menor, porém maior impacto, do que aquelas que circulam em comunidades dispersas. Os equivalentes online das recomendações da hora do jantar continuam importantes.

* Esta reportagem foi publicada pela Revista HSM Management (Julho/Agosto de 2010 br.hsmglobal.com) e agora no Mundo do Marketing por meio de parceria que os dois veículos mantêm.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Marketing Digital precisa de profissionais qualificados

A rápida expansão do mercado digital nos últimos cinco anos é responsável pelo aumento da demanda por profissionais especializados na área. A alta procura por pessoas qualificadas, no entanto, não tem sido atendida. Sobram oportunidades e falta mão de obra capacitada para responder por um setor que recebe cada vez mais investimentos de Marketing.

O digital entra na estratégia das empresas, que aos poucos implementam departamentos exclusivos para ações on-line e oferecem salários que podem variar de R$ 2.000,00 a R$ 17.000,00. O crescimento da procura por profissionais especializados em Marketing Digital, entretanto, esbarra na ausência de uma formação acadêmica consolidada e na falta de experiência de mercado.

Com o setor aquecido, a tendência é que a procura aumente cada vez mais. “A demanda crescerá. Até 2008, o mercado estava estagnado, crescendo de forma orgânica. Com a explosão das redes sociais, as empresas despertaram para o meio digital”, acredita Romeo Bussarello, Diretor de Internet da Tecnisa, que desde 2008 conta com um departamento focado em Marketing Digital, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Investimentos em Marketing Digital crescem a cada ano
A expectativa de expansão ainda maior nos próximos anos é explicada pela alteração observada nos investimentos em Marketing Digital. Se por um lado o on-line passa a receber mais atenção das marcas, por outro, a verba destinada a canais off-line começa a sentir uma retração. “O mercado está em franca expansão no Brasil. Hoje, os investimentos em Marketing Digital representam cerca de 4%. Mas as empresas estão cada vez mais adotando essa estratégia e o dinheiro está migrando rapidamente para o digital”, diz Leandro Kenski, CEO da agência Media Factory, em entrevista ao portal.

Segundo dados do Ibope, em 2009, os investimentos em Marketing Digital cresceram 25% e a expectativa para este ano é que este número seja de 30%. Diante desse cenário surgem carreiras em ascenção. Links patrocinados, ferramentas de buscas, redes sociais e métricas são algumas das oportunidades em voga para aqueles que desejam investir na área. Mas é necessário que os executivos de Marketing entendam a importância da integração entre a função desempenhada e o meio digital.

“Seja lá qual for a área de atuação do profissional, ele deve conhecer muito de Marketing Digital, porque todos os canais tradicionais estão sendo influenciados pelo processo de digitalização. Não dá para isolar (o Marketing Digital) e achar que é algo paralelo”, explica Max Petrucci, CEO da Garage, em entrevista ao portal.

Demanda não é garantia de contratação
A lacuna observada na procura por profissionais é explicada justamente pelo crescimento rápido e recente do setor. “A situação do mercado digital não é muito diferente da situação da mão de obra para qualquer outro setor que esteja em transformação. Existe defasagem no processo de formação e de tempo de produção de conhecimento. O tempo que se leva para educar uma pessoa é mais lento do que o necessário, em termos de mercado” conta Marcos Felipe Magalhães, Diretor de Marketing da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), ao site.

Para aproveitar as oportunidades oferecidas, o profissional deve ser inquieto e estar alinhado às novidades, além de aliar cursos acadêmicos à experiência que apenas o mercado pode oferecer. “A formação acadêmica ajuda, mas o que realmente forma as pessoas são as boas empresas, como Google e Apple. O Brasil, infelizmente, não é um pólo formador de tecnologia digital. Por isso, quando o profissional quer entrar em um mercado em formação, a melhor escola são as empresas com empreendedores, profissionais com quem você sabe que vai aprender”, acredita Petrucci, da Garage.

A necessidade de uma formação adequada é o principal indicativo de que a expansão do mercado e a busca crescente por novos profissionais não são garantias de contratação. Como toda carreira ligada à tecnologia, o Marketing Digital está sempre em transformação e evolução, o que exige profissionais atualizados constantemente. “A informação hoje em dia é muito perecível. Tudo o que é aprendido em qualquer curso está obsoleto depois de três anos. As pessoas precisam entender qual é a área de interesse delas e se atualizar permanentemente”, sugere Ana Maria Nubie, Vice-Presidente de Atendimento da Agência Click, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Empresas devem manter profissionais


Outra iniciativa fundamental para quem deseja apostar no setor é manter-se presente em grupos de interesse, como redes sociais, associações profissionais e cursos, onde seja possível compartilhar o que está acontecendo na área. Além de ser uma boa forma de atualização, o contato com outras pessoas ajuda na hora de encontrar – e aproveitar – oportunidades.

“É fundamental ter em mente que devemos sempre ter pessoas com quem nos relacionar e que conheçam nosso potencial como profissionais, para quando uma oportunidade aparecer”, diz Ana. O perfil autodidata deste profissional faz com que apenas um currículo não seja suficiente na hora de conquistar seu espaço.

Por outro lado, também cabe às empresas manter este profissional satisfeito. É uma característica comum no meio digital encontrar a chamada Geração Y e, agora, Z, composta por mentes inquietas, que desejam o sucesso rápido e avessas à hierarquia. Por isso, é importante oferecer desafios e dar liberdade para que o profissional traga ideias, proporcionando um ambiente de aprendizado. Outro elemento fundamental é o prazer e a satisfação de fazer parte da equipe.

“É importante dar a possibilidade de que o profissional faça o que gosta. Não se pode ter uma estrutura muito rígida. O jovem não quer burocracia, quer colocar a mão na massa, é ansioso. O ambiente deve ser propício à criação”, afirma ao portal Allan Fonseca (foto), Diretor de Canais da Coelho da Fonseca, que criou a Diretoria de Canais em 2009, após constatar que 90% dos consumidores buscam imóveis na internet primeiro.

Mundo do Marketing

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Samsung ativa marca na etapa Salvador da Stock Car

Marca terá camarote para convidados durante treinos classificatórios e corrida principal

A Samsung patrocina a etapa Salvador da Stock Car 2010. Durante o mês de agosto, a empresa estará presente nas ruas e avenidas da cidade e também no circuito montado para o GP Bahia Stock Car. Convidados da marca ainda terão acesso ao camarote Samsung, onde poderão assistir aos treinos classificatórios e à corrida principal que acontecem, respectivamente, nos dias 14 e 15. Esta é a sexta prova da temporada 2010 da competição de automobilismo e que conta, anualmente, com cerca de 400 mil pessoas nos autódromos.

Mundodomarketing

Redes sociais são responsáveis por 62% do tráfego na internet brasileira

As redes sociais estão ocupando cada vez mais a atenção dos internautas brasileiros e tirando o espaço dos sites de conteúdo adulto. Segundo um levantamento da Hitwise realizado durante 12 semanas no Brasil, 4% das pessoas que acessam a internet procuram sites de conteúdo adulto, enquanto que nos EUA o número é quase o dobro, 7%.

Esse é um dos resultados apresentados por Bill Tancer, CEO da agência e especialista em comportamento on-line, além de autor do livro “Click: o que milhões de pessoas estão fazendo on-line e porque isso é importante”, lançado no país pela Editora Globo. O executivo esteve no Brasil esta semana apresentando as conclusões do estudo, que elaborou um ranking com os 10 sites mais visitados no Brasil.

O Google domina a lista, ocupando as quatro primeiras posições com Google Brasil em primeiro, seguido por Orkut, Google.com e YouTube. Também reaparece em sexto, com o Google Images. A boa colocação do Orkut no Brasil reforça a tese do executivo de que o crescimento de redes sociais está fazendo com que visitas a portais com conteúdo pornográfico estejam em queda. A estimativa é de que os sites de relacionamento sejam responsáveis por 62% do tráfego da internet no Brasil.

“As ações falam mais alto do que as palavras”
Nos Estados Unidos, as redes sociais também provocaram uma baixa na audiência de sites adultos, que já chegou a atrair 16% dos internautas locais. Segundo a companhia, desde 2007 a audiência desse tipo de conteúdo tem caído nos países que a empresa atua, mas costuma crescer no inverno.

“O comportamento do internauta muda a cada dia. Os profissionais de Marketing precisam estar mais atentos a isso. A Internet dá muitas informações valiosas sobre o consumidor”, aponta Bill Tancer (foto), para quem “Se as ações falam mais alto que as palavras, verifiquemos os cliques”.

Segundo o executivo, é preciso ter cuidado para manter a privacidade dos usuários, não coletando dados individuais sobre nenhum usuário, mas sim observando padrões ao analisar uma grande quantidade de internautas. O anonimato ou falta de contato pessoal também podem ser uma oportunidade para as empresas que vendem produtos e soluções que envolvem emoções delicadas. “É mais fácil atrair o consumidor que tem vergonha de adquirir determinado produto na internet do que em uma loja física”,
explica.

Diferenças entre consumidor off-line e on-line diminuem cada vez mais
A liberdade na internet também abre espaço para o consumidor tomar mais coragem e acabar denegrindo a imagem da empresa, esteja ele com a razão ou não. Para combatê-la, Tancer defende um diálogo um-a-um no ambiente virtual. “É preciso responder ao máximo cada consumidor que entra em contato com a empresa através da internet”, recomenda.

As diferenças do consumidor off-line e on-line, no entanto, estariam ficando cada vez mais complexas de mensurar à medida que mais usuários adentram o espaço, fazendo com que o seu comportamento no mundo físico se refletisse no mundo virtual. Um exemplo é o dado de que o fluxo de visitas aos sites de conteúdo adulto cai aos domingos, dia de comparecer à igreja.

A pesquisa também atesta um aumento na procura por informações sobre a gripe suína em buscadores, que apresentou um crescimento de 314% entre 27 de junho a 22 de agosto ao mesmo tempo em que o assunto ocupava cada vez mais espaço na imprensa nacional. A procura por dietas para perda de peso também chamou a atenção, teve alta de 76% no período.

Atualmente, o Hitwise fornece informações sobre a interação de 90 mil pessoas em 60 mil websites no Brasil. O Hitwise possui cerca de 1.500 clientes no mundo e está presente nos seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Hong Kong.

Mundodomarketing

Atitude de marca: a sua tem?

Responsabilidade social, patrocínio aos esportes e apoio à moda e à cultura. Ações como essas levam o Banco do Brasil, a Natura, o Santander e a Oi a criarem uma identidade que aproxima marcas de consumidores. Muito além do papel de cada companhia no mercado, o investimento em atitude de marca faz com que as empresas contribuam para a sociedade e ocupem um papel importante na vida das pessoas.

O agir antes de falar, que é o processo de construção de marca, começa a deixar de ser algo pontual para se fazer necessário no planejamento estratégico de algumas empresas. Hoje, é cada vez mais importante desenvolver uma relação afetiva com os stakeholders, a partir de causas e conteúdos, para ganhar credibilidade no mercado.

“As pessoas não compram mais produtos e serviços. E sim expressam predileções e identificações com as marcas. A marca é o que te faz preferir aquele banco, um iogurte, ou um sorvete. É um desafio permanente para o profissional de Marketing preencher esse campo vazio adequadamente para gerar um processo de identificação”, aponta Yacoff Sarkovas, Presidente da agência especialista em atitude de marca Significa, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Iniciativas concretas

Se por algum tempo a publicidade cumpriu o papel de diferenciar marcas e produtos, agora ela não é mais suficiente. “A publicidade é ficção. As marcas precisam agir de forma real e concreta. Por isso entram no esporte, estão em projetos sócio-ambientais, no entretenimento e na moda. Tudo o que chamamos de atitude de marca é a marca se deslocando para o mundo real” explica Sarkovas.

O processo de construção de identidade é validado a partir do momento em que a companhia faz algo que seja de interesse de seus públicos e de maneira concreta. Pensando nisso, o Banco do Brasil encontrou três plataformas de identificação com os consumidores. Uma delas é a cultura. Desde 1989, quando fundou o primeiro Centro Cultural, o banco investe em projetos com foco neste pilar.

São três Centros Culturais Banco do Brasil, no Rio de Janeiro (foto), em São Paulo e em Brasília, além do projeto itinerante, que leva a iniciativa a cidades de todo o país. Nos chamados CCBBs, os visitantes encontram uma programação baseada em artes cênicas, plásticas, cinema, música e programas educativos a preços acessíveis.

Consumidor precisa ser conquistado
Outra plataforma é o esporte. O Banco do Brasil patrocina modalidades como vôlei, futsal, ciclismo, tênis e iatismo. “A cultura e o esporte têm agregado atributos de jovialidade, competitividade e liderança à marca. Todo esse esforço cria um sentimento de identidade com o cliente”, diz Armando Medeiros, Diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A preocupação com o desenvolvimento sustentável também é um pilar importante na estratégia da instituição. Pensando em coordenar o compromisso com o meio ambiente, o BB criou a Unidade de Desenvolvimento Sustentável, responsável pelas ações e políticas de responsabilidade socioambiental. Para compartilhar as iniciativas e dar transparência à gestão da empresa, em 2005, o banco elaborou a Agenda 21, com iniciativas em prol do desenvolvimento sustentável do Brasil, que é renovada e ratificada semestralmente.

“O consumidor está mais exigente e crítico. Quer ver na marca não só atendimento e produto, mas se identificar com questões de sustentabilidade, cultura e esporte. As empresas precisam utilizar vários instrumentos de comunicação e Marketing para conquistar este consumidor”, ressalta o Diretor de Marketing e Comunicação do BB.

Sustentabilidade na essência

Quando o assunto é sustentabilidade, a Natura também vem à cabeça dos consumidores. Há 10 anos, a empresa lançava a linha Ekos, com um modelo pioneiro de fazer negócios sustentáveis. Nos últimos anos, somente com Natura Ekos, foram realizadas parcerias com 19 comunidades, abrangendo 1.714 famílias, que geraram mais de R$ 8,5 milhões em recursos.

Este ano, a empresa inaugura o seu maior projeto: novos sabonetes de murumuru, cupuaçu, maracujá e cacau, com 20% a 50% de óleo da biodversidade brasileira extraído de ativos comprados de oito novas comunidades. Com isso, a Natura passa a beneficiar mais 263 famílias. Em 2009 foram R$ 1,3 milhão repassados para todas as comunidades fornecedoras. Com os novos sabonetes, a expectativa é de que o resultado seja dobrado, passando a reverter R$ 2,6 milhões.

“A ideia de estar em um caminho sustentável é um valor para a sociedade hoje. E quando é valor para a sociedade, se transforma em percepção de marca. Não há negócio que não vá ter que se remodelar em função disso. As pessoas precisam saber que as empresas estão neste deslocamento. As temáticas sócio-ambientais estão muito em evidência e há muita movimentação corporativa em relação a isso”, conta Sarkovas.

Natura Musical

Além do investimento em desenvolvimento sustentável, outro braço da Natura é a música. Em 2005, a empresa lançou o seu programa de incentivo cultural, o Natura Musical. Ao longo dos anos, a ação tem fomentado a música, apoiando mais de 130 projetos de patrocínio a turnês, CDs e DVDs, resgate de acervos de músicas eruditas e popular, formação musical e pesquisas. Ao todo, mais de 500 mil pessoas foram atingidas diretamente, em 17 estados brasileiros.

Este ano, a companhia amplia a presença do Natura Cultural e lança um portal e um programa de rádio. Além do site, o programete de cerca de cinco minutos comandado pela jornalista Patrícia Palumbo é veiculado também nas rádios Eldorado e Litoral FM, em São Paulo, e Paradiso, no Rio de Janeiro, trazendo entrevistas com músicos, que ainda tocam trechos de suas canções.
A música também tem destaque na Oi. Há cinco anos, a operadora conta com a Oi FM, presente em 10 cidades, e importante no processo de construção e identificação da marca com os consumidores. “A Oi FM é uma plataforma perene e, cada vez mais, procuramos iniciativas que não sejam temporárias, para criar relacionamento”, explica Flavia da Justa, Diretora de Comunicação de Mercado da Oi, em entrevista ao portal.

Marca de estilo de vida

Lançada em 2002, a empresa já nasceu com a preocupação em ser uma marca de atitude, voltada para pessoas de espírito jovem. A partir daí, a Oi escolheu quatro plataformas de atuação: moda, música, esportes e cultura. “A moda passa um conceito de inovação, modernidade e liberdade, enquanto música é emoção. Já os esportes são uma questão de paixão e a cultura é um tema muito amplo. Sempre pensamos em como atuar em cada universo, integrando uma plataforma com a outra e gerando conteúdo”, conta a executiva.

A Oi também firmou uma parceria com o Grupo Cultural AfroReggae, fornecendo seus produtos e serviços, como banda larga, TV por assinatura e telefonia, para incentivar o desenvolvimento da comunidade. A empresa ainda participa de eventos como o réveillon de Copacabana e, no ano passado, patrocinou o Oi Fashion Rocks, iniciativa internacional que reuniu moda e música no mesmo palco. A marca ainda dá nome aos teatros Oi Casa Grande e Oi Brasília.

Todo o investimento em atitude faz com que a empresa se diferencie. “A Oi não é uma marca de Telecom. Ela é efetivamente uma marca. Representa um estilo de vida. Cabe em uma rádio, na TV, é fácil de expandir para outras categorias. Sempre tivemos a preocupação em construir uma marca com a qual as pessoas se identificassem”, declara Flavia.

Responsabilidade sobre o entorno

No processo de construção de identidade, é essencial que as ações tenham relevância para a comunidade. Por isso, o Santander viabiliza a reforma dos Arcos da Lapa, um dos ícones do Rio de Janeiro. O banco também instalou 40 novos mobiliários urbanos esportivos em toda a orla da cidade, para incentivar a prática de exercícios. Na cultura, o Santander apoia iniciativas como a Mostra File, que traz obras de artistas do mundo todo para o Brasil, além de divulgar trabalhos feitos por aqui.

O banco também patrocina a Mostra Transfer, que traduz o universo da arte urbana, em São Paulo, e participa da realização do projeto Antigravity Brasil 2010, que traz a companhia acrobática área com 22 performers para apresentações no Brasil. As ações fazem parte da estratégia do Santander de gerar valor para todos os públicos com os quais se relaciona, dos 11 mihões de clientes aos 52 mil funcionários.

“Não queremos nos limitar a ser o melhor banco do Brasil, nossa ambição é estratégica. Acreditamos que é possível fazer um banco de corpo e alma, que atenda bem e atue com conteúdos relevantes. O banco deve ter uma visão mais ampla de responsabilidade pelo entorno, seja social, ambiental ou culturalmente”, diz Fernando Martins, Vice-Presidente de Marca, Marketing e Comunicação Corporativa do Santander, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Fonte: Mundodomarketing

sábado, 7 de agosto de 2010

Varejo no Brasil se torna foco do mercado mundial

As mudanças climáticas e comportamentais estão refletindo em ações de Marketing no varejo. Desde os anos 1950, a variação de foco da indústria varejista mirou nas vendas, no produto, na propaganda, no Marketing Promocional junto ao ponto-de-venda até que, no ano 2000, o varejo resolveu, enfim, apostar no consumidor e, mais recentemente, no shopper, ou comprador. Isto é o que mostra uma pesquisa da Ipsos sobre a realidade do consumo varejista no Brasil.

Estas mudanças são provenientes das transformações ocorridas no mercado ao longo de 60 anos. Se antes havia uma baixa oferta de produtos e um pequeno número de empresas no setor, a industrialização do varejo e o amadurecimento do consumidor trouxeram a concorrência. Em seguida, já nos anos 1990, a internet apresenta lojas virtuais e o consumidor passa a ser o objeto de desejo das empresas, que, por sua vez, investem em programas de fidelidade por necessidade.

No mercado atual, o poder está totalmente concentrado em quem compra e não mais em quem vende. As empresas já começaram um processo de produção para consumo rápido, saturação de mensagens e o controle para que elas não se tornem evasivas. São muitas mudanças, de fato. A bola da vez é a aplicação e não mais o discurso apenas, sobre os efeitos do consumo no meio ambiente.

Brasil no centro do varejo mundial
A segmentação está em voga. Se antes a indústria varejista baseava-se em seu conhecimento de mercado, hoje não há espaço para uma empresa que não analisa e nem valoriza o comportamento, os hábitos e as preferências de seus consumidores. “A realidade hoje é outra. Antes a marca criava o produto e o vendia. Agora o varejista analisa o comportamento do consumidor para elaborar um produto”, diz Valéria Rodrigues, diretora de varejo da Ipsos.

Durante a reunião do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA Rio, realizada na ESPM-RJ, Valéria apresentou as tendências discutidas durante a NRF 2010, evento mundial sobre as novidades e expectativas do varejo. Os planos para os próximos anos animam até o mais pessimista empresário brasileiro. A expectativa é de que o país cresça 5,5% no PIB, que o investimento estrangeiro aumente 46% e que a produção industrial cresça 8,41% em 2010 em relação a 2009.

Em outras palavras, o Brasil é a bola da vez no varejo mundial. Com cerca de 66 milhões de internautas (dados da Ipsos em 2008), 61% deles está enxergando o e-commerce como comodidade para não ter que sair de casa para efetuar uma compra. De acordo com a pesquisa feita há dois anos, o preço (51%), a facilidade (44%), a rapidez (34%) e a segurança (28%) são os principais diferenciais das lojas virtuais.



Internet X sustentabilidade
O e-commerce apresenta grande aceitação no Brasil indiferente da classe social do internauta. Basta ver os dados de outra pesquisa da Ipsos no ano passado, que mostram uma pequena variação entre a intenção de compra de e-consumidores das classes A, B, C e D.

Falar de internet e consumidor hoje é sinônimo de redes sociais. “Nelas, 34% dos internautas brasileiros já postaram algum texto sobre marcas e empresas”, aponta Valéria. A afirmativa é baseada em uma pesquisa da McCann em 2008. No Brasil, esta atividade é mais comum que no resto do mundo. O mesmo estudo constatou que o português é o terceiro idioma mais popular do Twitter, ou seja, 9% dos posts em todo o planeta são feitos na nossa língua.

A outra tendência do varejo é a sustentabilidade. Se já não bastasse salientar a importância disso diariamente e tornar, às vezes, este assunto em algo repetitivo, a verdade é que o tema deixa de ser discurso para ser estratégia. Veja o Walmart Brasil. Entre suas metas para os próximos anos, há um planejamento sustentável para produtos, clima e energia, e resíduos dos pontos-de-venda.

Indústria e consumidor engajados
“A empresa já fala em sustentabilidade há três ou quatro anos, com metas agressivas que englobam a companhia de ponta a ponta. Sem falar que uma em cada três pessoas busca informações sobre sustentabilidade nas empresas”, afirma a diretora de varejo da Ipsos com base em um estudo feito pelos institutos Akatu e Ethos entre 2006 e 2007.

A tendência da sustentabilidade no varejo brasileiro não é só por parte da indústria. O consumidor também está engajado na causa. Prova disso é que o Brasil tem o mesmo índice de consumidores que mudaram seus hábitos de compra para ajudar o meio ambiente do que média da América Latina. Em compensação, na Europa este índice é de meros 8%, seguido de 11% dos americanos.

Porém, os números apresentados pelos consumidores do velho continente e os da terra do Tio Sam não significam despreocupação com a causa verde. “Na Europa, por exemplo, fala-se menos em mudança de hábitos em prol do meio ambiente porque lá os consumidores mudaram seu comportamento de compra há muito tempo”, conta Simone Terra, diretora da Simone Terra Soluções de Mercado e Conselheira do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA.



Marcas próprias ganham mercado
Outra tendência do varejo são as marcas próprias. Hoje, estes produtos já fazem parte da lista de compras de muitos brasileiros e mais ainda dos consumidores europeus e americanos. A Ipsos constatou que sete entre cada 10 shoppers avaliam as marcas próprias como produtos de qualidade tanto quanto os itens mais caros das gôndolas.

Dentre os fatores que contribuíram para o crescimento e a aceitação destes produtos na indústria e nos lares é a confiança na rede varejista em primeiro lugar. Além de serem vistos com qualidade igual a dos produtos líderes de mercado, o menor preço destes utensílios de marca própria são vistos como resultado de um esforço comercial para atender as necessidades dos consumidores.

A pesquisa apontou para 43% de americanos e 41% de europeus que compram estes produtos com frequência. No Brasil e na América Latina, são 32% e 37% respectivamente. Segundo dados da Nielsen, no ano passado os itens de marca própria aumentaram 23% em relação a 2008. "Em breve, as marcas próprias se equipararão às líderes de mercado”, prevê Valéria.



Mundodomarketing

Nova classe média exige produtos segmentados

Empresas lançam produtos e serviços para atender o novo perfil de consumidores

A nova classe C é uma realidade e, agora, maioria entre a população brasileira. A classe média cresce e exige novos produtos e serviços, o que mostra um novo caminho que as empresas devem seguir para se destacarem perante um consumidor cada vez mais preocupado com a alimentação saudável e a conveniência, por exemplo.

Apesar de uma mudança global no comportamento do consumidor, no Brasil, a classe C dita as regras de consumo daqui para frente. Pesquisa feita pelo Ibope para o projeto Brasil Food Trends 2020, realizado pelo Instituto de Tecnologia dos Alimentos em parceria com o Deagro (Departamento de Agronegócio da FIESP), mostra que as características do consumidor brasileiro da classe C estão alinhadas com países desenvolvidos.

O estudo embasa a crescente busca do brasileiro de classe média por conveniência e praticidade na hora da compra. A maior demanda referente às mudanças sócio-econômicas do Brasil também destaca o papel da mulher. Diferente do que foi visto nos últimos anos, hoje elas trabalham fora de casa, compram comida pronta e fazem suas refeições no trabalho. A importância da mulher nesta nova classe média motivou a Editora Abril a criar a Revista Máxima, cujo objetivo é exclusivamente atender as consumidoras da classe C.

Aumento de renda e de poder de compra
O crescimento relativo da população brasileira, entre 1950 e 2009, de 2,19% embasa o domínio absoluto da clsse C no país, que cresceu muito mais. Esta realidade obriga a indústria de alimentos a manter o seu posicionamento competitivo com maciços investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, seja de produtos ou de processos. Com o aumento da renda e do poder de compra da nova classe média, além do maior acesso à informação, o desafio será produzir bens que atendam às exigências do consumidor.

Neste cenário, as marcas devem entender a sua importância para as escolhas destes consumidores que, agora, buscam primeiro a qualidade dos produtos. “A marca é fundamental porque o consumidor acredita que está levando todo o pacote de qualidade e confiança”, diz Antônio Carlos Costa, Gerente do Departamento do agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em entrevista ao Mundo do Marketing.

Um dos segmentos que podem ganhar força junto com o crescimento da classe média no Brasil é de iogurte. Este é o primeiro produto citado pelos consumidores entre os de categoria Saudáveis e Funcionais. A conveniência também é um caminho sem volta. As lojas de bairro têm aderência em relação à Conveniência e Praticidade. “A proliferação de lojas menores que atendem melhor, com ambientação mais favorável, remete a um atendimento mais pessoal e personalizado. Apesar disso, esta tendência não é excludente. O supermercado continua tendo seu espaço. Não vejo este novo consumidor optando por apenas um modelo de compra”, acredita Costa.

Novas características de consumo
Uma das principais mudanças que já pode ser percebida com relação ao perfil deste novo consumidor é a busca por produtos de consumo que oferecem benefícios adicionais para a sua saúde, além de atributos como sustentabilidade e ética, que oferecerão diferenciação no mercado. A pesquisa feita para o Brasil Food Trends 2020 mostra que os brasileiros decidem suas compras com base em “Sensorialidade e Prazer”, “Saudabilidade e Bem-estar”, Conveniência e Praticidade”, “Confiabilidade e Qualidade” e “Sustentabilidade e Ética”.

Este comportamento está diretamente ligado ao aumento de nível de educação, informação e renda da população nos últimos anos. “Os consumidores emergentes representarão os grandes mercados para a indústria de alimentos no futuro", garante o Gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp ao portal. A explicação pela busca de produtos saudáveis e que proporcionem o bem-estar é o envelhecimento da população e a procura de um estilo de vida melhor, o que abre possibilidades para produtos como alimentos funcionais, naturais e cosméticos. A conveniência e a praticidade estão ligadas ao ritmo de vida dos consumidores que vivem em centros urbanos.

Há uma mudança na estrutura tradicional nas famílias e a economia de tempo e esforço resultam na demanda por refeições para microondas ou serviços delivery. Já a confiabilidade e a qualidade dos produtos são exigências de compradores mais conscientes e informados, que valorizam a garantia de origem e os selos de qualidade. Por fim, sustentabilidade e ética também estão em voga para os consumidores da nova classe média, principalmente pelo baixo impacto ambiental, por embalagens recicladas e recicláveis, por fontes renováveis e pelo gerenciamento de resíduos e emissões.

Máxima foca nas mulheres emergentes
A Editora Abril já percebeu a importância da nova classe média e investiu em um projeto segmentado para as mulheres que compõem este nicho. A Revista Máxima foi criada para abordar o comportamento e os desafios femininos, seus maiores desejos e como ela está inserida no novo cenário sócio-econômico mundial. “As vendas de revistas tradicionais para mulheres foram impulsionadas pela nova classe media, que exigiam uma publicação voltada para a nova classe média. A Máxima é uma revista focada na mulher que ascendeu socialmente”, aponta Demétrius Paparounis, Publisher da Revista Máxima.

O objetivo da Abril com este produto é oferecer e mostrar opções de compra para as mulheres que entraram recentemente na classe C e que começa a ter dinheiro para comprar de tudo. “A mulher nordestina que vive em São Paulo, pertencente à classe D, visita a família a cada cinco anos. Na classe C ela passa a ter conta bancária, pode parcelar as compras e visitar os parentes com pacote turístico. A revista tem o conteúdo voltado para estas novas conquistas da mulher”, explica Demétrius.

A Revista Máxima contou com um investimento de R$ 10 milhões em seu lançamento. Ao todo, o título estará disponível em 85% dos 25 mil pontos-de-venda disponíveis no Brasil. Isto significa presença em cerca de dois mil municípios no país. As pautas da Máxima serão definidas pelos editores e também pelo Clube de Leitoras, que opinam sobre os assuntos abordados periodicamente.

Mundodomarketing

Tendências de consumo. Conheça 7 perfis

Observatório de Tendências da Ipsos detalha o comportamento das pessoas.

Detectar e entender as aspirações humanas da sociedade pós-moderna e como essas motivações e desejos se refletem nos rituais de consumo não é tarefa fácil. O Observatório de Tendências Ipsos capta as tendências de consumo nas principais capitais do mundo, identifica e analisa movimentos e fenômenos observados em nível macroeconômico, político e social e seus reflexos no consumo, no comportamento, nas manifestações culturais, na arquitetura e na propaganda.

Publicamos a seguir os sete perfis de consumo elencados pela empresa de pesquisa na íntegra. “As sete tendências revelam um mundo em busca de composição”, aponta Clotilde Perez, Coordenadora Geral do Observatório. Esta composição passa por um eixo formado por ambiguidade, leveza, sonsoralidade, por um mundo edulcorado e reticular.

1. Go Bubbles
Tudo ao mesmo tempo e agora: a ideia quase mágica tornou-se uma condição para quem quisesse pertencer ao mundo globalizado. A ausência de limites tinha sua contraposição: se por um lado o indivíduo dispunha da possibilidade de acesso praticamente irrestrito às informações e contatos, por outro, ele também tinha que estar disponível e atento a tudo para poder acompanhar esse novo ritmo. Logo os efeitos colaterais começaram a ser percebidos. A percepção de excesso, a sensação de sobrecarga dava sinais desde as primeiras ondas do Observatório.

Hoje não há mais ambivalência: “o mundo é assim”. Ninguém mais se pergunta se é bom ou ruim ter internet, ter acesso à tecnologia... São as consequências do convívio com a primeira geração de nativos digitais!

Como a globalização e a vida sem fronteiras não foram alcançadas, o mood agora é considerar o mundo, mas não é necessário estar lá... O tempo agorista ainda é um valor. Mas a aldeia global adquiriu dimensões mais modestas, ainda que múltiplas. Estar “conectado” não significa, necessariamente, estar ligado a tudo o que acontece no mundo o tempo todo. Filtrar, selecionar e bloquear informações possibilitou limites. Conexão, interatividade, multiplicidade estão mais voltadas aos microcosmos, e são assim melhor administradas. Estas são as principais marcas da Tendência Go Bubbles “conexão no microcosmos”.

2. HiperSense
O desejo pela intensidade, surpreender e ser surpreendido, arriscar-se, ousar, sair do lugar comum, fazer algo diferente – peculiaridades tipicamente humanas – foram aguçadas pelos efeitos de massificação e da pouca diferenciação da era global.

Desde as primeiras ondas deste Observatório foram observadas diferentes formas de buscar uma emoção mais intensa: do desafio físico, que fazia subir a adrenalina nos esportes radicais, passando pelo exibicionismo, pelo voyeurismo, até a invasão do fetichismo.

Essas manifestações continuam, mas surgiram formas mais elaboradas de se fazer notar e de sentir. Muitas vezes associadas a mensagens edificantes: minar preconceitos, atenuar tabus, manifestar uma ideia... A ênfase agora está em despertar os sentidos de maneira inusitada, ilusionar, misturar, sobrepor os sentidos. Estas são as marcas da Tendência HiperSense “maximização dos sentidos”.

3. Venus Fever
A discussão sobre os papeis sociais tradicionais do homem e da mulher já não ocupa mais destaque. Nota-se que a questão saiu do debate público e está mais evidente no âmbito privativo – cada um se acerta com seus pares. Nas ondas anteriores, a mulher estava mais presa aos poderes que conquistou, enquanto o homem aparecia mais perdido, sem um papel muito definido. Estavam todos carentes de modelos. Neste momento fica evidente que há certa parceria e flexibilidade.

Um caminho sem volta. A mulher não será mais a antiga “Amélia” e não se sente mais tão ameaçada pela perda de suas conquistas. Pode transitar mais naturalmente entre possibilidades: ora ocupando uma posição de mais liderança, ora compartilhando, sentindo-se frágil e pedindo proteção, ou até mesmo servindo ao marido e aos filhos. Da mesma forma, o homem é também mais livre para circular: mais sensível, vulnerável, parceiro e também pode ser mais viril, rústico...

Hoje, é a ideia de “compor” está no centro das atenções. O caricato, em qualquer sentido que seja, não tem mais espaço. Estas são características da tendência Venus Fever “He, she, it: a composição como possibilidade”.

4. Living Well
Bem estar é o foco da tendência Living Well. Na onda anterior já observávamos a diminuição das cobranças e estávamos mais livres das exigências sociais, o que deu o tom do “bem estar possível”, com forte conexão extra-corpus.

Agora identificamos duas vertentes a partir de um conflito: Finitude ou Longevidade? “Tem que ser hoje, porque pode acabar amanhã. E tem que ser todo dia, porque pode durar 90 anos”. Diante dessa dicotomia evidenciamos por um lado forte valorização do momento presente. Cuidar de si é mais possível do que cuidar do planeta ou dos problemas de ordem mundial. Por outro lado, evidencia-se mais preocupação com o futuro, com manifestações de generosidade, de dedicação aos outros, de ajudar, contribuir... Afinal vamos viver muito... A linguagem edulcorada e a generosidade são algumas das marcas da Tendência Living Well “bem estar necessário”.

5. ID Quest
Nas ondas anteriores do Observatório, a tendência ID Quest revelava uma maior valorização da memória afetiva, dos registros pessoais e da busca por proteção nas redes de segurança tradicionais. Na atualidade ID Quest tem importante destaque: buscar as raízes para saber quem eu sou – e eu sou um mosaico.

Amigos pessoais são mais valorizados, mesmo que o contato com eles seja mais virtual do que físico. Momento de crise financeira também intensifica a necessidade de contatos mais sólidos e verdadeiros do que a ampla gama de desconhecidos. Sente-se também certo remorso, culpa por ter se distanciado durante certo tempo dos laços afetivos mais reais.

São evidentes manifestações claras de busca afetiva, como design de época, objetos do passado, colecionismo em alta, remakes de filmes e peças de sucesso, renascimento das mascotes de marca e criação de novas, valorização das histórias de vida, os pets e a sedução pela eternidade. Tudo em busca de uma relação mais emocional e mais afetiva como possibilidade de constituição da própria identidade, ainda que esta identidade se forme na composição.

É preciso respeitar o mosaico de si mesmo, privilegiar cada pedacinho de si. Essas são algumas das características da Tendência ID Quest “patchwork identitário”.

6. My Way
A tendência My Way apresentava-se em ascensão na onda anterior: a indústria a serviço da customização com possibilidades cada vez mais fáceis e acessíveis de se diferenciar; a indústria favorecendo a customização. Agora o foco passou a ser no indivíduo e em tudo que lhe agrada e singulariza. Não queremos apenas personalizar: somos autores-atores prontos para performar.

Agora, as manifestações de individualidade estão também expressas na relação com o outro, na co-autoria, nos processos de co-criation, na colaboração. O exercício da criatividade está na capacidade de transitar por vários estilos, atitudes e comportamentos. Ser único e ser múltiplo é o tom de My Way, “protagonismo e criatividade”.

7. Know Your Rights
É a mais atual das tendências. Vem crescendo em cada onda do Observatório. Alicerçada no paradigma contemporâneo “consumir é existir”, com ramificações para o consumo crítico, ético e sofisticado, esta tendência agora dá sinais de fusão entre os eixos “crítico” e “ético”: repudia-se tanto o excesso do capitalismo e das grandes corporações, quanto a forma de produção. E também não basta aderir a produtos éticos se o consumo for excessivo.

Ética e estética aglutinam-se: “é feio jogar papel no chão”. Festa do consumo responsável, dia sem compras, loja gratuita, são exemplos claros dessas misturas. As manifestações de insatisfação, repúdio e até vingança contra organizações e marcas proliferam-se na rede.

Na vertente da sofisticação do consumo, notamos sinais do surgimento de novos significados para luxo: momento de mais moderação e controle e atenção ao que se mostra. A ideia de excessos pode comprometer a imagem pessoal. Marcas de luxo voltam-se para o core business em busca de segurança e manutenção das vendas. Estas são algumas das evidências de Know Your Rights “Consumidores complexos e críticos”.

Mundodomarketing

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Avon, Jequiti e Hypermarcas puxam lançamentos de produtos no Brasil

Cosméticos e produtos para o cuidado com o corpo dominam o ranking das 10 categorias que mais lançam embalagens no mundo. Por aqui, marcas como Avon, Jequiti, Hypermarcas, Natura e O Boticário são as que mais colocam novos produtos e embalagens no mercado. Se em 2005, na lista das 10 mais, apenas três categorias eram de cosméticos, hoje, este número subiu para sete, reafirmando a predominância das mulheres no mercado de consumo.



O primeiro semestre de 2010 marcou o lançamento de 133.546 embalagens no mundo todo. O número representa um crescimento de 7,32% em relação ao mesmo período de 2009. Após ter saído do oitavo lugar em 2005 e chegado à quarta posição em 2009, hoje, o Brasil é o sexto na lista. No início do ano passado, o mercado nacional chegou a ocupar a segunda posição, respondendo por 10% dos lançamentos mundiais.

Durante todo o semestre, o país manteve o desempenho. Passada a crise, porém, agora, Estados Unidos, Japão e Reino Unido voltam a suas posições originais, ocupando os três primeiros lugares no ranking, respectivamente, enquanto o Brasil registra queda de 20% na produção, comparado a 2009. É o que indica o Relatório elaborado no Núcleo de Estudos de Embalagem ESPM, com dados da GNPD Global News Products Database da MINTEL, e obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing.

Índia é novidade no ranking
O decréscimo do Brasil na lista pode ser explicado pelo efeito tardio da crise no país. “A queda ocorreu porque o Brasil demorou a desacelerar na crise, que se iniciou em outubro de 2008. O ‘susto’ está repercutindo agora, pois os lançamentos levam um tempo para acontecer. No primeiro momento, o que já estava programado não foi cancelado, mas depois o ritmo diminuiu”, explica Fábio Mestriner, Coordenador Acadêmico do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Aparecem ainda no ranking Alemanha (4°), França (5°), México (7°), Austrália (8°) e China (9°). A Índia fecha a lista, em 10º lugar, com destaque. Até 2009, ocasião em que chegou a ocupar a oitava colocação, o país nunca havia figurado entre os 10 principais. “A Índia não tinha indústria, tudo era vendido a granel, em feiras. Com a chegada do Walmart, surgiram outras redes de supermercados. Agora, eles estão lançando embalagens para colocar produtos nestes novos estabelecimentos”, aponta Mestriner.

O ritmo de lançamentos mundiais entre janeiro e junho deste ano foi equivalente à entrada de 22.258 novas embalagens no mercado por mês, 738 por dia e 31 por hora. Maquiagem para os lábios garante a primeira posição, enquanto cuidado facial/pescoço fica em terceiro lugar. Produtos para o corpo vêm em seguida e esmalte para unhas desponta como o quinto mais vendido. Há também produtos para banho, em sétimo lugar, maquiagem para os olhos, em oitavo, e shampoos, em 10°. Completam o ranking as embalagens para alimentos. Biscoitos doces ficam com a vice-liderança, snacks/lanches salgados ocupam o sexto lugar e bolos e pastelaria, o nono.

Sustentabilidade, praticidade e marcas próprias em destaque
Nos últimos cinco anos, observou-se que as refeições foram substituídas por snacks. Em 2005, as categorias de refeições prontas, bolos e massas, vitaminas e carnes faziam parte do ranking, mas saíram do quadro das principais, depois de terem sido ultrapassadas pelos produtos para olhos, unhas, banho e shampoos. Já as quatro primeiras categorias mantiveram suas posições nos últimos anos, podendo ser consideradas como as principais nos lançamentos mundiais de embalagem.

Em relação às empresas, a Weckerle, fabricante de marcas como Avon, Hypermarcas e Jequiti, foi a que mais lançou embalagens no primeiro semestre. Em seguida estão Nestlé, Walmart, Avon, Natura, O Boticário, Age do Brasil Ind. e Com. (para empresas como Hypermarcas e Jequiti), Carrefour, Unilever e Akakia Cosméticos.

O desempenho do mercado também reafirma a preocupação do consumidor com hábitos de vida saudáveis e sustentabilidade. Embalagens que diminuem o impacto ao meio ambiente entraram pela primeira vez no Top 10. Outra característica do observada nos lançamentos é a necessidade crescente de produtos fáceis e rápidos de preparar.

As marcas próprias também tiveram um crescimento consistente nos últimos cinco anos. Em 2005, a categoria correspondia a 13% dos lançamentos, ante 18,5% de participação em 2010. Grandes redes mundiais investiram em lançamentos em suas linhas, como Carrefour, Tesco, Great Value, Perfection e Essence.

Fonte: Mundo do Marketing

A classe D vai superar pela primeira vez a classe B em poder de consumo

A classe D vai superar pela primeira vez a classe B em poder de consumo. Cálculos do instituto de pesquisa Data Popular mostram que, em 2010, a massa salarial destinada ao consumo será de 28% entre as famílias da classe D e de 24% na classe B. Segundo a pesquisa, publicada na edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, as famílias com renda mensal entre 511 reais e 1.530 reais dispõem de 381,2 bilhões de reais para gastar com produtos e serviços no ano, enquanto que aquelas que têm ganho entre 5.101 reais e 10.200 reais podem liberar até 329,5 bilhões de reais.
Será a primeira vez que a classe D vai assumir o posto de segundo maior estrato social em termos de consumo, segundo o sócio diretor do Data Popular e responsável pelos cálculos, Renato Meirelles. A campeã no potencial de compras, porém, continua a ser a classe C, que pode gastar até 427,6 bilhões de reais neste ano. Para a projeção, a equipe de Meirelles considerou um crescimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Segundo o levantamento, os potenciais de consumo das classes D e B são idênticos - 11 bilhões de reais - quando de se trata de artigos de higiene, cuidados pessoais e limpeza do lar. Os gastos da classe B são maiores que os da D em itens diferenciados: a alimentação fora do lar; lazer, cultura e viagens e despesas com veículo próprio.
Este movimento ascendente da classe D na tabela do potencial de consumo mostra, segundo Meirelles, um cenário macroeconômico favorável às camadas de menor renda. Uma das variáveis que contribuíram para o aumento do poder de compra dos cidadãos foi o aumento da criação de empregos formais, salário mínimo – que cresceu acima da inflação medida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - e expansão dos programas de transferências de renda, como o Bolsa Família, e do crédito consignado. “Trata-se de uma combinação virtuosa para consumo", disse o assessor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça, em relação aos itens criação de empregos e crédito